Por Isabelle Lindote Fonte: Revista Zero Foto: Símbolo Imagens Para 80 % das mulheres, o salto alto é tudo de bom: turbina o bumbum, coloca o peito para frente deixando a mulher muito mais bonita e imponente, certo? Errado! Segundo a Sociedade Americana de Ortopedia, cerca de 3 bilhões de dólares são gastos anualmente em cirurgias nos pés. A surpresa fica por conta do maior causador das doenças: o salto alto. Infelizmente, quanto maiores eles são, mais dores e problemas ortopédicos causam.
Calos, bolhas, inchaço e até fissuras podem aparecer por causa do excesso de saltos. Quando usado por um longo período, saltos que tenham mais que 4 centímetros de altura podem causar danos à coluna e aos joelhos, encurtamento dos músculos da panturrilha e desvios nos pés. Independente do tamanho e do formato, ele muda a maneira como a pessoa pisa no chão e se equilibra (quanto maior o salto, menor a superfície de apoio), o que faz com que o peso se concentre nos dedos. “Quando a pessoa anda de salto, joga todo o peso do corpo na parte da frente do pé, e isso causa desde pequenas fraturas por estresse até traumas por repetição, como o Neuroma de Morton, um inchamento do nervo que fica no meio dos ossos”, diz o ortopedista José Luis Zabeu.
A fisioterapeuta Fernanda Elhiage, especialista em ginástica laboral, aponta também problemas de desvios na coluna. “Para conseguir equilíbrio em cima de um salto muito alto, o corpo busca compensações que podem levar a hiperlordoses e hipercifoses”, afirma. Outros males relatados são o encurtamento muscular, que leva a uma alteração postural, deformidades ósseas e problemas vasculares. “Ficar muito tempo em pé de salto deixa a panturrilha em constante contração, fazendo com que o sangue não seja totalmente bombeado para todos os lugares da perna”, ela explica. Por isso que existem pessoas que usam salto alto constantemente e quando colocam “rasteirinhas” ou tênis ficam desconfortáveis na panturrilha e nos pés. Outro problema são as dores no arco anterior dos pés, local onde o pé fica apoiado nos famosos joanetes, causados pelo desvio dos dedos e por compressão. Pisada errada Calçados fechados de borracha e outros materiais sintéticos, como o tênis, facilitam o aparecimento de micoses. Ele deve ser arejado e não deve ser usado por dois dias seguidos. É preciso deixá-lo fora do armário, se possível, no sol. Enxugar bem os pés também previne as micoses e o mau cheiro. Modelos com bico fino facilitam o aparecimento de unhas encravadas – para evitar o problema é preciso cortar a unha de modo a deixá-la quadrada e sem pontas. Os mais recomendados são os sapatos com saltos e bicos quadrados, por serem mais estáveis e confortáveis. Os solados tipo plataforma também são uma boa opção porque ajudam a manter o equilíbrio mais facilmente. Fuja, ou reserve para ocasiões muito especiais, os sapatos de salto fino ou agulha, que são pouco estáveis e facilitam uma torção. Como escolher o sapato - Prefira comprar no fim da tarde e à noite (os pés incham ao longo do dia);
- Veja qual dedo do pé é maior. Na hora de calçar, é preciso haver 2,5 cm de folga em relação a esse dedo;
- Experimente sempre os dois pés do calçado (um pé sempre será diferente do outro); - Nem um pouco largo, nem apertado: é preciso que ele esteja confortável na loja;
- Dê uma voltinha para ver se o calçado oferece bom equilíbrio. |
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